Numa demonstração de falta de compromisso com
os servidores públicos e com o município de Ilhéus, a Câmara de Vereadores aprovou,
por dez votos a sete, o projeto que autoriza ao Executivo Municipal realizar o
parcelamento do FGTS dos trabalhadores, inclusive de contribuições que ainda
irão vencer em até dezembro de 2016. Cercado de indícios de irregularidades na
condução da votação do projeto, a proposição, na avaliação dos representantes
de todos os sindicatos dos servidores públicos, representa mais um golpe da
Câmara de Vereadores de Ilhéus contra os trabalhadores e que pode ser mais um calote
da Prefeitura com o FGTS dos servidores.
Mesmo sem o parecer de todos os membros das
comissões de Constituição e Justiça e de Finanças da Câmara e negando o direito
do membro da comissão, o vereador Gildeon Farias (Dero), de pedir vistas para
analisar o projeto e exarar parecer, o presidente do Poder Legislativo,
Tarcísio Paixão, decidiu colocar a proposição em discussão e votação para
atender a uma determinação do prefeito Jabes Ribeiro.
O presidente da Comissão de Finanças, James
Costa, apresentou um parecer contrário ao parcelamento, alegando que a
iniciativa do prefeito Jabes Ribeiro traz prejuízos não somente para os
trabalhadores, mas também para o município. Os membros da oposição ao governo municipal
chegaram a alertar o presidente da Câmara para os erros na condução da votação
e nos prejuízos que o projeto traz para os trabalhadores e para a cidade. Mesmo
assim o projeto foi colocado em discussão e aprovado pela maioria dos
vereadores.
Os dirigentes dos sindicatos dos trabalhadores
chamara a atenção dos vereadores para os prejuízos que os servidores terão com
mais esse parcelamento do FGTS. Mas ao invés de ouvir os servidores, o
presidente da Câmara preferiu chamar a polícia para intimidar os trabalhadores.
Votaram contra o projeto e em defesa dos
trabalhadores os vereadores Alisson Mendonça, Dero, Lukas Paiva, Fábio Magal,
James Costa, Walmir Freitas e Alzimário Belmonte (Gurita). Já pelo parcelamento
do FGTS e contra os trabalhadores votaram os vereadores Aldemir Almeida, Roque
do Sesp, Ivo Evangelista, Josevaldo Machado Rafael Benevides, Gilmar Sodré, Jamil
Ocké, Nerival, Roland Lavigne e Raimundo do Basílio.
Comentários